Advertência:

Vou postar neste blog textos que fiz durante o ano de 2009, que estavam nas partes ignoradas da minha agenda. Serão colocados aqui todos os textos sem nenhuma alteração e convém avisar que muitos deles têm reclamações e reflexões sobre pessoas (no geral) dentre outras coisas que podem não agradar muito.Mas fiquem avisados que nada disso foi escrito com intuito de acusar ou chatear ninguém, apenas saiu da minha cabeça em momentos de desespero. Aproveitem.

sábado, 23 de janeiro de 2010

20 de maio de 2009

A vida é cheia de altos e baixos, de reflexões (pelo menos aminha é).
Me contento em saber que posso olhar minha vida de um modo neutro, para que possa avaliar como estou me saindo.
Muito recentemente descobri uma forma de neutralizar o efeito dos meus sonhos sobre mim. Antigamente, o meu maior desejo era parar de sonhar, imaginar. Acho que era excessivamente sonhadora.
Mas o problema é que eu me machucava muito quando sonhava (internamente). Sonhar me trazia um efeito horrível, eu ficava nas nuvens pensando em coisas incríveis (e totalmente impossíveis).
O meu recurso maior para sonhar eram as músicas: para cada uma tinha uma situação diferente. Sonhava com um amor impossível; um acontecimento impossível. Tudo no momento do sonho era bom: me trazia a sensação de estar completa, de bem com a vida; mas depois que eu “acordava”do sonho, vinha aquela sensação de dor e perda, que normalmente sinto ao notar coisas ruins em minha vida.
E realmente notava: notava que aquilo nunca aconteceria. Aí que vinha o desabamento interior...
Finalmente, depois de muitas tentativas intermináveis e inalcançáveis, consegui algum progresso. Hoje ainda não estou totalmente curada, mas tenho feito cada vez mais progresso.
Acho que isso se deve ao meu querer: ao meu esforço e vontade de querer mudar e também a minha mais recente capacidade (ainda treinando) de olhar as situações de fora.
Agora eu estou aos poucos me convencendo de que tudo o que sonho é irreal e nunca acontecerá. Estou aos poucos me conformando com isso e assim, tendo certeza disso, posso ter a mesma certeza de que não estou me enganando.
A princípio isso pode não significar nada, mas me ajuda e muito. Preciso ter a certeza de que não vou me enganar, de que não vou contrariar tudo aquilo que trabalhei e dei muito duro pra conseguir.
Aos poucos estou conseguindo me livrar do vazio que os sonhos me causavam.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

13 de maio de 2009

Não sei por que gosto de escrever o que sinto. Sempre achei que minha literatura era diferente das outras. Não consigo escrever romances, comédias, tragédias... nenhum tipo de narrativa. Embora saiba que o meu tipo de literatura não atraia tanto as pessoas, me sinto confortável ao escrever.
Meu sonho é criar uma espécie de diário, com todos os textos que fiz ao longo da minha curta vida (infância e adolescência) pois são essas épocas que estou enfrentando agora. Gostaria que outras pessoas soubessem o que eu passei e quais foram meus pensamentos pois, muitas vezes me considero uma pessoa diferente das outras.
Não acho que as pessoas de hoje em dia pensam como deveriam. Ou melhor: não pensam. Hoje em dia elas simplesmente fazem. O que querem, quando querem, doa a quem doer. Acho que os falta senso crítico para avaliar a vida.
É essa falta de pensamento que me incomoda. Tudo na vida nos dá o que pensar mas, muitas vezes só uma ou duas pessoas pensam nela. A partir daí embarcamos no meu tipo de literatura: o de reflexão, emoção e muitas vezes de diferenciação.
Diferenciação? É, vem de “ser diferente”. Não gosto da mesmice do dia-a-dia, o legal pra mim é se diferenciar. Mas agora que você já tem consciência disso, vamos voltar ao assunto pensando diferente:
Fazendo uma comparação de mim com qualquer pessoa da minha idade e do meu meio, podemos perceber uma nítida diferença de pensamentos:
Uma garota da minha idade, pensa em música, maquiagem, garotos, viagens, orkut, roupas... enfim, essas coisas que estamos carecas de saber. Eu também penso nisso, claro, mas o que me torna diferente é o fato de pensar muito menos essas coisas e prestar mais atenção no mundo a minha volta.
Depois que decidi mudar de atitude, fiquei involuntariamente mais calada e observadora, querendo ouvir e saber mais. Depois disso passei a prestar mais atenção nas atitudes das pessoas: como elas falam, de quem e do que, o jeito de agir e suas reações à determinadas notícias.
Com minhas observações notei finalmente o grau de falsidade do mundo e das pessoas que vivem nele. Diferente das pessoas “comuns”ou “mais numerosas no mundo” passei a ver a vida de um modo neutro, mas ainda sim participando dela.
Vendo as pessoas notei que muitas delas têm uma necessidade de concordância e igualdade imensa. Como assim? Explico: elas tem necessidade de concordância, pois não tem opinião própria, ou se tem não mostra. Isso se dá quando, por exemplo, uma pessoa fala à outra que odeia o “fulano” e depois vira as costas e diz ao “fulano” que o ama.
Isso pra mim é a necessidade de concordar com a pessoa com quem você fala: se ela não gosta disso, você também não gosta; se ela gosta, você gosta. O que o torna falso por não opinar verdadeiramente e livremente.
Necessidade de igualdade porque elas querem ser iguais as outras. É impressionante como as pessoas não tem senso de criatividade e diferenciação!
Enfim... percebendo seu comportamento, aprendi (estou aprendendo) a lidar melhor com as pessoas. Aconteceu também que, me afastando um pouco, pude analisar melhor certas situações vendo os dois lados e acabo de chegar à conclusão de que aprendi também a ver mais o lado bom das pessoas e situações.

11 de maio de 2009

Acho que errei em uma coisa na prática, que pode dar início a todo um fracasso. Em teoria tudo o que nossa mão direita faz, nem a esquerda deve saber. Essa frase é sinônimo de uma situação que deveria acontecer mais às vezes, e na qual estou trabalhando. Quando estendemos uma das mãos para fazer uma boa ação, nem a outra mão tem que saber, ou seja, não devemos contar as pessoas as coisas boas que fazemos.Por quê? Porque a partir do momento que você conta a alguém, começa a fazer uma espécie de “propaganda” de si mesmo. Eu cometi esse erro essa semana, mas resolvi não me cobrar muito por vários motivos:
- Eu tenho apenas 13 anos e ainda estou aprendendo. Tenho plena consciência do que o que estou tentando fazer é difícil e que tenho um longo caminho a percorrer. Nem minha mãe que é minha “ídola” era tão perfeita na minha idade.
- O que eu fiz não foi por mal, eu realmente fiquei tão animada que falei para as pessoas e eu acho que no começo isso é perfeitamente normal, afinal, me orgulhei do meu trabalho bem feito.
- Acho que estou me sobrecarregando muito tentando não errar mas, essa semana percebi que tudo bem cometer alguns erros no meio do caminho, contanto que eu aprenda com eles.
- O último é que se por acaso esse pequeno erro venha a fazer as pessoas pensarem mal de mim, como se eu fosse uma exibida por exemplo, eu não me importo. O que importa pra mim agora é ser mais solidária e ajudar as pessoas.
Terminados os meus motivos gostaria de dizer o que me levou a tentar mudar por esse caminho que pra mim ainda é longo mas será gratificante.A um tempo atrás me percebi num mundo preconceituoso e fechado as suas próprias idéias. De início me senti intoxicada, achei que também era assim, e por isso comecei a me observar. Ao final de longos meses, cheguei a conclusão de que estava mesmo começando a ficar assim. Na forma que eu mais temia.Percebi que estava começando a ficar preconceituosa e fútil, vendo muitas coisas ruins nas pessoas e me importando muito com que os outros pensavam. Mas, felizmente, vi que nem tudo estava perdido: eu tinha uma alternativa, um plano. Difícil, muito. Um caminho longo a percorrer, mas mesmo assim decidi que valeria a pena. Foi assim que criei consciência auto-crítica e passei a mudar. Tenho muito o que fazer ainda, eu sei. Mas pelo menos estou conseguindo seguir meu plano. Com meus erros mas vou indo. Afinal, ninguém é perfeito.